A história do Red Line Club Brasil da Hot Wheels

Em 2010, a Hot Wheels estreava no Brasil o primeiro clube exclusivo da marca fora dos Estados Unidos, o resultado você acompanha a seguir.

Foi no mês de dezembro de 2009 que a Mattel anunciava o lançamento do Red Line Club Brasil - a primeira experiência fora dos Estados Unidos -, e no início de 2010 as inscrições foram abertas no site oficial (http://www.colecionadoreshw.com.br/ - que não existe mais), além de preencher o formulário online o associado pagava uma taxa de R$ 49,90 (US$ 15,60), e recebia uma carteirinha numerada, uma camisa exclusiva do clube e uma miniatura da série sELECTIONs do Bone Shaker dentro de uma embalagem na forma de uma roda.
Primeiro Kit sócio do RLC Brasil
A anuidade tinha a validade até dezembro de cada ano e trazia como vantagens: direitos a adquirir itens exclusivos vendidos no Brasil no site do clube, acesso a conteúdo exclusivo na página e acesso VIP nas convenções nacionais no país e nos Estados Unidos.
Bone Shaker disponibilizado para os sócios do RLC
O RLC tinha como proposta oferecer no Brasil as mesmas miniaturas do clube americano, para o primeiro ano seriam os modelos das linhas Neo-Classics, Real Riders (que estavam na série 6) e os sets especiais, a exceção seriam os modelos das convenções em solo americano. A quantidade disponibilizada iria variar de acordo o histórico de compras do sócio, mas normalmente seria limitada a duas peças de uma determinada mini.
Imagem do site na época
Na metade do ano o kit para novos sócios foi alterado com a substituição da camisa pelo boné, e do Bone Shaker pelo Custom AMC AMX, a embalagem também mudava, a alteração foi realizada para ficar em conformidade com o RLC americano.
Kit para os novos sócios inscritos a partir da metade do ano de 2010

Encerramento das atividades
Infelizmente a iniciativa durou pouco e no final de 2010 a Mattel Brasil comunicava o encerramento das atividades do Red Line no país, os sócios poderiam adquirir os modelos ainda em estoque até o início de março de 2011 em uma quantidade de até cinco exemplares por R$ 19,90 (cerca de US$ 6,00) cada, as miniaturas que sobrassem seriam enviadas às lojas para serem comercializadas, o site do clube ainda ficou em funcionamento por mais seis meses e atualmente quando se digita o endereço é redirecionado para o Hot Wheels Brasil.
Custom AMC AMX para os novos sócios

O que não deu certo?
A Mattel não justificou na época o encerramento do RLC, na opinião de quem acompanhou os andamentos as dificuldades observadas eram várias: confusão na relação com os membros, péssimo nível de informação, mau uso do site, lentidão na página, falta de organização, problemas na entrega e muito descaso com os consumidores/colecionadores. A promessa de um fórum, blogs e promoções especiais no site ficaram apenas no discurso.
Alguns dos modelos disponibilizados para os sócios do RLC Brasil
As miniaturas restantes ainda podiam ser encontradas até pouco tempo a traz em algumas lojas de São Paulo, embora a qualidade das mesmas seja ótima, a maioria dessas que estavam encalhadas não caíram no gosto do colecionador brasileiro.
Alguns dos exemplares disponíveis para compra no RLC Brasil
O fim do Red Line Club Brasil encerrou de forma tumultuada a relação da empresa americana com os consumidores/colecionadores brasileiros, que já havia anunciado antes o encerramento da importação da Matchbox, e a partir de 2011 o cancelamento das convenções oficiais, para piorar as séries colecionáveis do referido ano apareceram pela metade nas lojas aumentando assim a decepção com a companhia e a marca Hot Wheels.
Mais modelos disponíveis para os sócios do RLC Brasil
É realmente de se lamentar que uma iniciativa tão boa tenha sido encerrada de forma tão traumática, Minis in Foco entende que, para uma empresa criar uma empatia da marca com o consumidor é uma forma de fidelizar o mesmo, e garantir dessa maneira boas vendas - mesmo em momentos difíceis do mercado -, mas infelizmente ainda existem pessoas que não enxergam essa premissa no trato com os seus clientes, enfim...

Mas e vocês, o que acharam da história? Foi membro do RLC? Então dê o seu relato e acrescente nos comentários mais informações sobre esse momento da Hot Wheels no país.

*Imagens e fonte de pesquisa: Site Hot Wheels BR e T-Hunted.

Comentários

  1. Foi sócio na época, para começo de conversa a Mattel errou já na empresa que escolheu, para tomar conta aqui a Trikis, empresa está de Rio Claro, que era simplicidade péssima, não entregava as miniaturas, demorava demais para o envio é nunca sabia de nada, para se ter uma ideia, fiz uma compra e já fazia 3 meses que já tinha alterado meu endereço estava no novo nos meus dados e mandaram no endereço antigo mesmo assim, ligava para reclamar da demora é indicava que não foi entregue, pois não havia ninguém no endereço, e isto pois ficava o dia todo gte no local, mais no endereço antigo não, depois de muita briga me passaram o rastreamento aí que vi o erro do endereço e aí vai

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  2. Fui socio tambem. Essa mini Sand Crab foi gratis junto com um pedido de desculpas, pelo numero errado das carteiras. O preço das minis tambem contribuiu para o fiasco do Clube. Quem tava acostumado a pagar R$ 5,99 se assustou com os R$ 49,99, que era a media de preço das minis.

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  3. Fui sócio na época, também recebi o Sand Crab com o pedido de desculpas, e realmente não era fácil pagar quase 50 reais em uma mini mais frete e pouco tempo depois, encontrar em lojas com preços menores. Infelizmente a Mattel nunca considerou o colecionador brasileiro realmente como colecionadores. Isso porque o Brasil é o segundo mercado da marca.

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  4. Fui sócio e lamento. A escolha da Trikis foi o principal erro. Concordo com o q o Marcelo RC postou acima. A Mattel podia dar uma nova chance ao Brasil e escolher uma empresa com organização e vontade de que o Red Line Club Brasil dê certo. Na torcida.

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